Reflexão Paul Washer – A Perversidade do nosso Pecado

A Reflexão de hoje é de um dos livros que marcaram a minha vida e de meu esposo, “Verdadeiro Evangelho”, acredito que foi este o primeiro livro que lemos em nossa jornada de aprendizado ao ensino reformado.

Paul David Washer é um pastor batista reformado, missionário, escritor e advogado. Conheça mais sobre ele aqui.

Muitos questionam a Deus o porquê de o inferno ter duração infinita, se nós temos uma vida limitada de pecados. A principal razão disso é esta: cada pecado que você comente é cometido contra um Deus infinitamente digno e bom, logo, o seu pecado é de gravidade infinita. O problema é que nós os esquecemos de que o pecado ainda é pecado! Veja a maneira como falamos sobre ofender ao Senhor: nós falamos de pecados contra os homens, de pecados contra nós mesmos, de pecado até mesmo contra a natureza, os animais e as árvores; entretanto, ninguém se dá contra de que todo pecado, no final das contras, é cometido contra Deus. Davi pecou contra seu povo ao não representá-lo bem como rei; Davi pecou contra Bate-Seba ao adulterar com ela; e Davi pecou contra Urias ao mandar matá-lo. Porém, no final, ele disse a Deus: “Pequei contra ti, contra ti somente” (Sl 51:4).

Por que o pecado é algo tão terrível? É porque ele é cometido contra Deus! Como podemos não tremer diante disso? É porque não compreendemos o que isso significa! E por que não compreendemos o que isso significa? É porque não sabemos quão glorioso e bendito Deus é! É uma coisa terrível quando percebemos contra Quem nós pecamos. Como os puritanos costumavam dizer, nós não pecamos contra um pequeno líder de uma simples cidade, mas contra o Rei da Glória, Aquele que está assentado no mais alto e sublime trono.
Imagine isto por um momento: Deus está no dia da criação, dizendo aos planetas que se coloquem em determinada órbita no espaço, e todos eles se curvam, dizem “Amém!” e Lhe obedecem. Ele diz às estrelas que ocupem seus lugares no céu e sigam à risca o Seu decreto, e elas todas se curvam e Lhe obedecem. Ele diz às montanhas que se ergam e aos vales que se afundem, e eles se curvam e O adoram. Ele diz ao bravo mar: “Você virá até este ponto e daqui não passará”, e o mar O adora. Porém, quando Deus lhe diz “Venha!”, você diz “Não!”.
Você percebe o quão perverso é o nosso pecado?
Ora, se fossem apenas atos, nossa condição já seria terrível o suficiente. Todavia, o pecado vai mais fundo no coração do homem. O ser humano não simplesmente comete pecados; ele é nascido no pecado. Nós somos podres e corrompidos desde o início.

“Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gênesis 6:5)

“Era continuamente mau”. Eu simplesmente li esse texto ao pregar em uma universidade e um jovem repórter veio a mim, dizendo: “Eu não concordo com a sua interpretação”. Eu lhe respondi: “Jovem, eu não interpretei o texto, eu apenas o li” Ainda assim, ele disse: “Bom, eu não concordo” e eu respondi: “Jovem, deixe-me dizer- lhe algo: se eu pudesse expor, agora mesmo, o seu coração e cada pensamento que você já teve, desde o seu primeiro levantar até este exato momento – não os seus feitos, mas somente os seus pensamentos – e os pudesse colocá-los num vídeo e os exibir aqui neste auditório, você fugiria deste campus e nunca mais mostraria sua face aqui de novo, porque você tem pensado coisas tão doentias e tão pervertidas que não poderia compartilhá-las sequer com seu amigo mais próximo. Na verdade, se seu amigo mais próximo conhecesse alguns dos pensamentos que você teve a respeito dele, ele não seria mais seu amigo. E o motivo pelo qual eu tenho certeza disto não é porque sou um profeta, mas porque isso é o que a Escritura diz – e porque eu também sou um homem como você”. Eu posso dizer a mesma coisa sobre cada ser humano do planeta. Todos nós gastaríamos todas a nossa energia para esconder o que se passou pela nossa mente apenas na última hora. Não me diga que a Palavra não está certa quando ela fala sobre todos os homens terem pecado, porque todos os homens são, de fato, pecadores.

(Paul Washer | 2012, O Verdadeiro Evangelho | páginas 24 a 27 | Editora Fiel)

Há uma versão digital disponível no site da Editora Fiel, você pode acessá-la aqui.

Boa Leitura!

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